INTRODUÇÃO
A classe hospitalar
como modalidade de ensino em educação especial . A classe hospitalar não pode
ser vista apenas como espaço de uma sala de aula, inserida no ambiente
hospitalar, mas como um atendimento pedagógico especializado. Esse trabalho
caracteriza-se pela diversificação de atividades, por ser uma classe multisseriada
que atende à criança e adolescentes em enfermarias pediátricas ou em
ambulatório de especialidades.
A classe hospitalar tem
a finalidade de recuperar a socialização da criança por um processo de
inclusão, dando continuidade a sua aprendizagem. A inclusão social será o
resultado do processo educativo e reeducativo. A escola é um fator externo à
patologia, logo, é um vínculo que a criança mantém com seu mundo exterior. Se a
escola deve ser promotora da saúde, o hospital pode ser mantenedor da
escolarização. E a escolarização indica criação de hábitos, respeito à rotina; fatores
que estimulam a auto-estima da criança e do adolescente. (Fonseca, 1999).
O ambiente da classe
hospitalar necessita ser diferenciado, tem que ser acolhedor, com estimulações
visuais, brinquedos, jogos, sendo assim um ambiente alegre e aconchegante. É
através do brincar que as crianças e adolescentes internados encontram maneiras
de viver a situação de doença, de forma criativa e positiva. Portanto, o
trabalho em classe hospitalar faz com que a diminuição do risco de
comprometimento mental, emocional e físico dos enfermos.
No entanto às
atividades são coordenadas de forma a dar um suporte e continuidade ao trabalho
escolar das crianças/adolescentes atendidas na classe hospitalar. Assim, o
planejamento de tais atividades torna-se imprescindível com o objetivo de
reintegrar as crianças/adolescentes à sua escola de origem, assim que obtenham
alta do hospital.
BREVE HISTÓRICO
A Classe Hospitalar tem
seu início em 1935, quando Henri Sellier
inaugura a primeira escola para crianças inadaptadas, nos arredores de Paris.
Seu exemplo foi seguido
na Alemanha, em toda a França, na Europa e nos Estados Unidos, com o objetivo
de suprir as dificuldades escolares de crianças tuberculosas.
Pode-se considerar como
marco decisório das escolas em hospital a Segunda Guerra Mundial. O grande
número de crianças e adolescentes atingidos, mutilados e impossibilitados de ir
à escola, fez criar um engajamento, sobretudo dos médicos, que hoje são
defensores da escola em seu serviço.
A proposta na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 1996, é a de que toda criança
disponha de todas as oportunidades possíveis para que os processos de
desenvolvimento e aprendizagem não sejam suspensos.
Vive-se uma realidade
não condizente com os direitos dessa criança/adolescente, os hospitais na sua
grande maioria, principalmente no interior, despreza a importância da atuação
do pedagogo na área, ficando assim esses indivíduos sem a oportunidade de
aprender.
Prega-se a inclusão
social nas escolas, faculdades, na mídia e no entanto nega-se o direito de
incluir o pedagogo no ambiente hospitalar.
Os profissionais da
área de educação que dedicam-se ao ensino em hospitais são merecedores de oportunidades para desempenhar o seu papel
que é tão marcante na vida do ser humano.
REFERÊNCIA
Matos, Elizete Lúcia
Moreira.Pedagogia Hospitalar: a
humanização integrando educação e saúde. 3ed. Petrópolis,RJ: Vozes:2008.
Por nossa
Cunhada
Colunista:
Tereza Cristina Val Monteiro
Pedagoga
Especialista em Gestão Escolar
Especialista em Coordenação Pedagógica